Refletindo sobre o Biopoder das Massas e as Relações de Gênero
Louro (1997) se apropria do conceito foucaultiano de “biopoder” – poder de controlar as populações, as espécies – para pensar nas práticas que foram historicamente criadas para o controle de homens e mulheres, as quais direcionam os gêneros a ocupações diferentes, além de tratar do poder exercido sobre os corpos dos sujeitos através de estratégias como o controle da taxa de natalidade, condições de saúde, entre outras[1]. [2].
Levando em consideração esses aspectos que a autora pontua, de que forma poderíamos desconstruir os discursos heteronormativos e machistas, ainda hegemônicos no próprio sistema, tendo-se em vista uma educação para a cidadania e um mundo com maior democracia social, quando verifica-se forte persistência de tais forças vigentes não apenas na sociedade, mas, também (ou principalmente), dentro do campo das próprias políticas públicas no Brasil?
[1] SANTOS, Alice R. dos; AUGUSTO, Aline de A. Síntese do Texto “Gênero, Sexualidade e Poder”. Juiz de Fora: Faculdade de Educação, 2013, p. 01.
[2] LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Poder. In: __________. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Editora Vozes, 1997, p. 41-42.